domingo, 6 de setembro de 2015

DÓRIS HELENA - Uma artista autodidata

Por Agnaldo Tavares






Dóris Helena Soares da Silva Giacomolli, nasceu em São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul. Mas, como ao artista não basta tão só a arte de nascer – é preciso brilhar! Dóris brilhou ainda quando menina, no instante em que seus olhos fascinaram numa caixinha de lápis de cores da coleguinha de classe, ali acordara o instinto da arte que nascera com ela, e começava então a clarear seu universo artístico...

Aos vinte anos, ou um pouco mais, foi então que um anjo certo dera-lhe as mãos pincéis e tintas, e na sua frente pusera uma tela... Um anjo, como o que falara a Drummond: “Vai, Carlos! ser gauche na vida”, disse a Dóris: “Vai, Dóris! ser artista na vida!” E ela seguiu...

Sob o pincel, como em mágica, nascia a beleza dos versos pintados... E os anjos bradavam: “São poemas que ela pinta! As rimas são as tintas!” Dóris rimos (pintou) seus primeiros trabalhos em uma atmosfera confusa... Por escolhas das necessidades que a vida propõe, Dóris abandonara os pincéis por algumas vezes, apenas os pincéis, pois o gênio criativo a acompanhava, sempre ativo no seu interior, ganhando asas para em momentos oportunos voar! Brilhar! Pintar!...

Dóris fez vestibular e, com muito esforço ganhou uma bolsa para o curso de Artes Plásticas, porém não chegou a concluir o primeiro semestre, pois as necessidades lhe impulsionara a outros caminhos... Formou-se em docente, e passou a exercer a profissão em Língua Portuguesa, inglesa e literatura. Graças ao seu filho mais velho que ela descobriu uma nova arte, o jogo de xadrez, que passou a ensinar a seus alunos no colégio que leciona... Arte que tornou a ser tema bastante trabalhado em suas telas, uma inspiração à belos trabalhos!...

É neste bailado dos pincéis sobre superfícies incolores que a artista, mãe de três filhos, que fazem parte de seu grandioso acervo de obras primas, rítmica seus versos em cores que vão criando fascinações!... O olhar da menina que encantou-se outro dia com uma simples caixinha de lápis de cores é diferente, não é comum, enxerga a essência das coisas a as transformam de abstrato ao concreto.

Dóris, é amiga do silêncio, como os grandes artistas da humanidade. É no silêncio que o gênio da criatividade atua. O silêncio florido, perfumado, de sabores infindos... No silêncio em si mesmo o carpinteiro de Jerusalém trabalhava as peças rusticas intuindo o homem belo, assim fazia o Sábio grego e o Aleijadinho das Minas Gerais, desroupava das pedras, belas obras de artes. De mesmo modo trabalha a amante do silêncio... São florais, natureza morta, paisagismos, casarios, figuras humanas que, às mãos desta talentosa mulher vão dando formas e cores com uma pitada de alma amorosa...

Assim é Dóris Helena, uma autentica Artista Plástica! – autodidata.










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